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sexta-feira, 30 de abril de 2010


Os membros superiores (MMSS) desempenham um papel importante na realização de muitas atividades de vida diária (AVDs). Os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) freqüentemente sentem dispnéia e fadiga quando executam tarefas que exijam que os braços permaneçam elevados e sem apoio. Estas atividades representam um desafio único para esses indivíduos pelo simples motivo de que vários músculos dos membros superiores são também músculos acessórios da respiração. Atividades com o braço elevado e sem apoio fazem com que a participação destes músculos como acessórios da respiração diminua, deslocamento o trabalho respiratório para o diafragma. Neste momento é importante relembrar que o diafragma encontra-se em desvantagem mecânica pois em pacientes com DPOC tende a retificação, além disso, uma série de outras alterações relativas ao metabolismo muscular também podem estar presentes (Orozco-Levi M. Structure and function of the respiratory muscles in patients with COPD: impairment or adaptation? Eur Respir J 2003; 22:41s-51s.

EXERCÍCIOS FÍSICOS EM PACIENTES COM DPOC
A eficácia de programas de reabilitação pulmonar tem sido bem documentada em pacientes com DPOC, com melhoras consistentes e clinicamente significativas na capacidade de exercícios, sintomas e na Qualidade de Vida. Contudo. Estes programas concentram-se geralmente nos exercícios de membros inferiores.
Como os efeitos do treinamento muscular são específicos para o membro treinado, parece razoável supor que em pacientes com DPOC, o treinamento dos MMSS pode mehorar o status funcional e reduzir sintomas de dispnéia e fadiga durante as AVDs
EXERCÍCIOS PARA OS MEMBROS SUPERIORES
Além das repercussões pulmonares, a DPOC gera também uma série de alterações clínicas sistêmicas tais como perda de massa magra e o descondicionamento muscular. Diretrizes clínicas recentes, voltadas para o tratamento da DPOC, enfatizam o papel do exercício físico para quebrar o círculo vicioso de descondicionamento. Neste sentido, a diretriz mais recente sobre reabilitação pulmonar recomenda a inclusão de exercícios direcionados para os músculos dos membros superiores nos programas de fisioterapia para pacientes com DPOC. (Ries AL, Bauldoff GS, Carlin BW, et al. Pulmonary rehabilitation: joint ACCP/AACVPR evidence-based clinical practice guidelines. Chest 2007; 131(suppl):4S–42S).

A lógica da inclusão do treinamento físico dos membros superiores para pacientes com DPOC baseia-se no fato de que diversos músculos da cintura escapular que são ativados durante as atividades funcionais dos MMSS, também agem como músculos acessórios da respiração, e no caso do DPOC, estas duas ações musculares competem entre si. Em uma linguagem bem simples: O paciente com DPOC pode chegar a um ponto no qual ele deverá escolher literalmente entre estender roupa no varal ou respirar.
Durante a inspiração tranquila, os músculos acessórios da respiração estão normalmente inativos em pessoas saudáveis. Porém em pacientes com DPOC eles estão sendo recrutados mesmo durante o repouso. Assim, durante as atividades que envolvem a atividade dos MMSS a respiração torna-se ineficaz, porque os músculos acessórios respiratórios trabalham para estabilizar a cintura escapular. Isso leva à sobrecarga funcional do diafragma e desencadea o aparecimento precoce de dispnéia e fadiga.

Exemplos de AVDs utilizadas para avaliar a função de MMSS em paciente DPOC.(A) Apagar um quadro negro, (B) enroscar e em seguida desenroscar três lâmpadas (C), secar pratos e colocá-los em um prateleira e (D) colocar mantimentos em uma prateleira.

Em uma revisão sistemática publicada recentemente na revista CHEST (Stefania, C et al. Effects of Unsupported Upper Extremity Exercise Training in Patients With COPD: A Randomized Clinical Trial. Chest. 136(2):387-395, August 2009), corrobora a eficácia do treinamento dos membros superiores sem suporte (em cadeia cinética aberta), em melhorar a capacidade de exercício de pacientes com DPOC. Além disso, este estudo fornece dados novos e relevantes sobre os benefícios deste treinamento específico sobre resultados clinicamente importantes, tais como a capacidade de realizar AVDs que envolvem os MMSS e a fadiga relacionada a estas atividades. Curiosamente, os benefícios demonstrados da capacidade de exercício e na dispnéia durante as atividades diárias se mantiveram após 6 meses nos pacientes que receberam treinamento dos MMSS. Em pacientes com DPOC, onde o diafragma é funcionalmente comprometido, as limitações ventilatórias pode determinar uma restrição progressiva da participação em atividades realizadas com os braços devido ao envolvimento durante a inspiração dos músculos da cintura escapular. Nestes pacientes, as atividades realizadas com os braços sem suporte são percebidas como particularmente fatigante, os quais por sua vez tendem a evitar progressivamente tais atividades, gerando um circulo vicioso de perda de desempenho nas AVD realizada com os braços e descondicionamento muscular.


O processo de reabilitação pulmonar é normalmente supervisionado, estruturado e de preferência multiprofissional. Isso significa que ele irá incluir a avaliação dos sintomas e tratamento, a curto prazo e objetivos de longo prazo, além de programas de educação, apoio psicológico e acompanhamento médico. Não existe receita de bolo. Por exemplo:
Algumas pessoas podem estar tão comprometidas que são incapazes de se vestir sozinhas. Outros são capazes de caminhar durante 30 minutos antes do início da dispnéia. Em ambos os casos os programas de exercícios serão radicalmente diferentes.
O texto postado tem o objetivo de valorizar um outro aspecto da reabilitação pulmonar; o dos exercícios direcionados aos membros superiores, pois a grande maioria dos trabalhos preocupa-se com o condicionamento cardiocvascular por meio de exercícios na esteira.


Mais uma super produção de guiadoFisioterapeuta.

2 comentários:

  1. Valeska Cardeal Santana21 de setembro de 2010 às 10:50

    A utilização de AVD na avaliação da função de MMSS não é de competência e uso exclusivo de terapeutas ocupacionais?

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  2. O artigo acima refere-se ao trabalho desenvolvido pelo terapeuta ocupacional no que se refere às AVDs, não pelo fisioterapeuta. Isto é exercício ilegal da profissão terapia ocupacional.

    Morgana Loureiro

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