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terça-feira, 1 de março de 2011

Subluxação no ombro hemiplégicoe enfaixamento do mesmo.

Após um Acidente Vascular Encefálico (AVE), a dor no ombro e a subluxação da articulação glenoumeral no lado afetado são achados relativamente comuns. A subluxação da articulação glenoumeral ocorre mais frequentemente durante a fase flácida Pós AVE. Acredita-se que durante a fase flácida, o tronco tende a inclinar-se para o lado hemiplégico. Isso acaba levando a uma depressão da escápula. Associado a esta inclinação do tronco, os músculos trapézio e serrátil anterior também se tornam flácidos, fazendo com que a escápula gire para baixo (aproximando o ângulo inferior medialmente), veja a figura abaixo. Sem o tônus normal, o manguito rotador não é capaz de manter a coaptação da cabeça do úmero na glenóideMas não é só na fase flácida que fatores biomecânicos influenciam a subluxação. Durante a fase espástica, o peitoral maior e menor, o rombóide, o elevador da escápula e o grande dorsal podem desenvolver hipertonia, as quais resultam em rotação da escápula para baixo, também causando a subluxação da articulação glenoumeral.

Olha só que interessante:
Em 1959, Basmajian & Bazant afirmaram que o músculo supraespinhoso impedia a subluxação do ombro ao aumentar a tensão horizontal da cápsula do ombro, segurando a cabeça do úmero em contato com a fossa glenóide (coaptação). A partir desta constatação singular, Chaco e Wolf observaram que a subluxação da articulação glenoumeral ocorreu em pacientes com AVE cujo músculo supra-espinhal não respondeu eletrofisiologicamente três semanas pós-AVE. Estes autores também observaram que mesmo com o retorno da ativação do músculo supraespinhoso, a articulação glenoumeral permanecia subluxada por cerca de oito semanas pós-AVE. Este estudo concluiu que a subluxação do ombro pode reduzir-se espontaneamente caso ocorra recuperação funcional motora significativa.
O mecanismo de recuperação parece ser relativamente simples. Apesar do estado de flacidez dos músculos da cintura escapular e também do alongamento da cápsula do ombro, a articulação glenoumeral pode se reaproximar com a recuperação motora.

A figura acima é de um paciente com amiotrofia , mas serve para ilustrar a aparência de uma subluxação de glenoumeral à direita. A grande diferença entre este paciente e um hemiplégico devido AVE seria o fato de que um paciente com AVE apresentaria o ombro direito mais deprimido do que o esquerdo.
Percebam o sinal do sulco à direita, indicando o afastamento da cabeça do úmero da glenóide.

As possibilidades de tratamento.
O tratamento do ombro hemiplégico utilizando FES é muito bem documentada e existem diversos links disponíveis na web. Porém existe uma outra abordagem, que embora menos efetiva do que o FES, pode vir a ser útil em alguns casos. Na postagem de hoje irei disponibilizar um passo a passo de como fazer o enfaixamento do ombro hemiplégico subluxado.

Material:
#1- Um rolo de atadura de baixa elasticidade.
#2- Uma estagiária disposta a ser cobaia. Como fazer
#1- Inicie o enfaixamento pela parte anterior do tronco, mais ou menos na altura da clavícula, como na figura ao lado. Com uma das mãos, fixe a extremidade proximal da faixa enquanto com a outra mão você traciona para baixo em uma direção diagonal, se preparando para envolver o braço da cobaia.





#2- Envolva o ombro da cobaia com a faixa, dando duas voltas, como na figura ao lado. Um detalhe importante neste momento é não permitir que a faixa se enrole. Uma faixa muito fina pode acabar pressionando o plexo braquial causando dor, e se o paciente tiver alteração da sensibilidade, pode causar uma neuropraxia. Portanto muito cuidado com a tensão aplicada. Ao dar duas voltas, você aumenta a área de contato e distribui melhor a pressão em volta do braço. Outro detalhe: enfaixe até mais ou menos a metade do comprimento do braço.





#3 - Ao término da segunda volta, direcione a faixa em uma direção diagonal superior como na figura ao lado.








#4 - Agora aproveite a direção e passe a faixa pelas costas da cobaia, passando por sobre o trapézio superior contralateral como na figura ao lado.










#5 - Agora passe a faixa envolvendo a axila contra lateral, dando uma volta completa e retornando pelas costas, como nas figuras abaixo.










#6 - Olha que legal. agora que você completou a volta é só prender as duas pontas da faixa com as presilhas e Voilá!

Abaixo as fotos de como a faixa fica em uma vista lateral, anterior e posterior. Se você aplicou corretamente o enfaixamento, sua cobaia acadêmica deverá relatar que sente o ombro tracionado para cima.
Veja na figura abaixo como fica o enfaixamento visto de lado, por trás e pela frente.


É isso aí galera, espero que seja útil.
Hasta la vista

Fonte: O guia do fisioterapêuta fisioterapiahumberto.blogspot.com