Capsulite adesiva ou ombro congelado é, dentre as síndromes dolorosas do ombro, a que mais tem suscitado controvérsias, tanto do ponto de vista diagnóstico como terapêutico. Isso se deve aos aspectos ainda obscuros da sua etiopatogênia, à sua história natural e características clínicas semelhantes às da distrofia simpático-reflexa e a sua associação com doenças aparentemente sem relação direta com o ombro. (1) A capsulite adesiva é frequente causa de dor e incapacidade funcional do membro superior e afeta mais mulheres do que homens durante a quarta, quinta ou sexta década de vida. (3)
A capsulite adesiva, também conhecida como periartrite é caracterizada pelo desenvolvimento de adesões densas e restrições capsulares, especialmente na prega pendente da cápsula, e não por alterações artriticias na cartilagem e osso, como é presente na artrite reumatóide ou osteoartrite. Sua origem é obscura porem sua etiologia varia dentre dois conjuntos, a etiopatôgenia idiopática e a decorrente a grandes períodos de imobolização principalmente pós trauma. (4)
A capsulite adesiva possui 3 fases de transição, o congelando onde gera um quadro álgico intenso esmo em repouso, com limitação dos movimentos por 2 ou 3 semanas, sendo que estes sintomas podem durar até 36 dias. Congelado, presença de dor somente na mobilização, adesões significativas e movimentos glenoumerais limitados, ocorre atrofia do deltóide, bainha rotatória, bíceps braquial e tríceps braquial, com tempo de duração de 2 à 24 meses. (4)
O quadro clínico se caracteriza por dor mal localizada no ombro de início espontâneo, geralmente sem qualquer história de trauma. Essa dor se torna muito intensa, mesmo em repouso, e à noite; ela costuma diminuir de intensidade em algumas semanas. A mobilidade do ombro se torna rapidamente limitada em todas as direções (elevação, rotação interna, rotação externa, abdução). Uma das características sempre presente é o bloqueio total da rotação externa e interna, já que esta patologia ocorre especificamente na articulação glenumeral.(3)
Queixa principal: incapacidade de movimentar o ombro em grandes amplitudes.
Diagnóstico Fisioterapêutico:
• Capsulite adesiva em fase II congelado.
• Limitação de ADM de ombro em todos os eixos de movimento.
• Compensação biomecânica fazendo abdução apenas com a art. escapulo torácica.
. Hipotrofia dos musculos serrátil anterior e romboides
. Encurtamento de peitoral menor
Objetivos:
• Reduzir o quadro álgico.
• Aumentar a mobilidade intra articular.
• Aumentar a ADM do ombro.
• Ganhar força na musculatura relacionada ao complexo articular do ombro.
Condutas:
Ultra Som terapêutico no modo contínuo, intensidade de 0,8 W/cm², freqüência de 1MHz, durante 10 minutos na região anterior do ombro direito. (5)
As aplicações de calor, tais como a diatermia (ultra-som, ondas curtas ou microondas), são auxiliares empregados para alívio da dor e para diminuição da excitabilidade neuromuscular local. Todavia não são os agentes determinantes da recuperação funcional. Os efeitos fisiológicos restringem-se aos aumentos do fluxo sanguíneo local e da distensibilidade tecidual, importantes para a realização dos exercícios. (3)
Exercícios Pendulares de Codman
Os exercícios de Codman são realizados para a mobilidade articular do ombro, pois as técnicas de auto mobilização fazem proveito do uso da gravidade para separar o úmero da cavidade glenoide. Ele ajuda no alivio da dor através de movimentos de leve tração (grau I e II) e dão mobilidade precoce as estruturas articulares e liquido sinovial. (6)
Neste exercício o movimento deve ser realizado de forma passiva na art do ombro, ou seja o paciente usa o corpo e a perna para mexer o braço ou o fisioterapeuta realiza o movimento.
Mas por que o paciente não pode realizar o movimento com o braço? O objetivo da técnica é gerar uma decoaptação articular, se o pacinte realizar a contração essa propriedade não estará presente, não tornando-a tão efetiva.
Mobilização passiva intraarticular glenoumeral e ativo assistida do complexo do ombro.
A mobilização passiva ou ativa é medi. da profilática e curativa. Os exercícios passivos são os procedimentos fundamentais para o aumento de amplitude de movimento. Assim, desempenha importante papel a mobilização passiva oscilatória controlada (MPOC), em que são realizados movimentos acessórios (translacionais) combinados com movimentos fisiológicos (angulares) ao longo de amplitudes indolores de movimento ou próximo ao limite imposto pela patologia. As dosagens da MPOC foram classificadas em graus I e II (analgésicas) e III e IV (alongamento). A analgesia é obtida pela estimulação dos proprioceptores mecanossensíveis das cápsulas das articulações da região do ombro. Quando tais fibras são ativadas, imediatamente ocorre inibição recíproca das fibras de rápida condução dolorosa (A-delta); o alongamento decorre de mobilizações executadas e mantidas próximas ao limite articular disponível. Deverão ser mobilizadas as articulações glenumeral, acromio clavicular, escapulocostal e esternoclavicular. Os movimentos angulares a serem trabalhados constituem-se em abdução em 30° e 40° anterior ao plano coronal (plano escapular), rotações externa e interna. (3)
Exercícios ativo assistido e ativo com objetivo de aumentar a ADM.
Fortalecimento da musculatura do ombro (deltóide, bainha rotatória, bíceps braquial e tríceps braquial) com theraband de acordo com a força do paciente. Adaptação: Realizar o fortalecimento na cadeia diagonal de kabat.
Após alcançar ADM completa – O fortalecimento e a propriocepção consistem na fase final da reabilitação, com a imobilização prolongada e a limitação de ADM, a musculatura responsável por este complexo tende a perder suas qualidades de resistência, força e precisão, necessitando estas serem reabilitadas antes da alta. (7)
REFERÊNCIAS
1. FILHO, arnaldo amado ferreira. Capsulite adesiva. Rev Bras Ortop — outubro de 2005.
2. Valenzuela Neto, Cezar. Fisioterapia na capsulite adesiva do ombro. Fisioter. mov;13(1):49-60, abr.-set. 1999. ilus, graf.
3. KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Manole, 1998.
4. LECH OSVANDRÉ, SUDBRACK GUILHERME, NETO CESAR VALENZUELA Capsulite adesiva ("ombro congelado") Abordagem multidisciplinar. Rev Bras Ortop — Vol. 28, Nº 9 — Setembro, 1993
5. Macedo, Jordano Leite Cavalcante de. Fianco, Karla Cristina. Silva, Klaus Avelino Santos. EVOLUÇÃO CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE COM CAPSULITE ADESIVA DE OMBRO. http://www.novafapi.com.br/eventos/jic2006/trabalhos/FISIOTERAPIA/P%F4ster/20%20%20EVOLU%C7%C3O%20CL%CDNICA%20FISIOTERAP%CAUTICA%20EM%20PACIENTE%20COM%20CAPSULITE%20ADESIVA%20DE%20OMBRO.pdf Acessado em 10 de agosto de 2010.
6. SPASSIM, Mateus Valdir. GAVIOLLI, Cristina. Intervenções Fisioterapêuticas na Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado. Acessado em 10/08/2010 no link http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/capsulite_matheus/capsulite_matheus.htm
7. PRENTICE, William E.; VOIGHT, Michael L. Técnicas em reabilitação musculoesquelética. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Então o que acharam? deixem seus comentários suas opiniões.
Não coloquei imagens pois são tácnicas ja conhecidas.
Me encaminhem seus planos de tto de qualquer area
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